"Fragmentos de Intuição" tem como ponto partida uma interpelação dirigida a Beuys, transcrita em “Joseph Beuys, cada homem um artista” :

“Alguns visitantes […] fazem perguntas vêm aqui por motivos propriamente pessoais, não políticos. […]  Não é fácil torna-se lúcido com uns farrapos conceptuais que não passam de um fragmento das suas intuições.”


Sobre a intuição do artista no processo criativo temos geralmente apenas um acesso fragmentário e superficial. Para colmatar os aspetos invisíveis das obras constrói-se toda uma rede de conceitos. Conceitos esses que têm como consequência menos positiva desligar a obra da intuição e intenções essenciais do artista.

Na fotografia, este aspeto evidencia-se sobremaneira, já que a imagem fotográfica, pela sua simultânea analogia com o mundo real das coisas e autonomia em relação ao mesmo, carrega a condição de poder ser tudo e ser nada.

O desafio proposto a cada artista foi o de selecionar para esta apresentação uma imagem ou um conjunto de imagens que evidenciassem a sua individualidade, a sua marca enquanto criadores que persistem pela fotografia, no seu domínio específico ou explorando os seus limites e transportando-a para as proximidades de outros media.

Este texto tem como propósito clarificar alguns aspetos da exposição, mas sobretudo evitar um fecho antecipado de leitura e de interpretação sobre os trabalhos fotográficos que a estruturam, acreditando de que por esta via se apela e que se pode dar oportunidade de um entendimento mais sincero sobre as intuições e intenções de cada autor. 
Comissário
Frederico Albuquerque Mendes




Convite

 


















Fragmentos de intuição

Inauguração
12 de setembro / 12 September
18h30

Galeria Arte Graça
Rua da Graça, 29 Lisboa, Portugal
Entrada Gratuita